domingo, julho 06, 2008

sem novidades

a final da libertadores conjugada à uma quinta-feira de extensos trabalhos resultou na perda do horário na manhã da sexta-feira e, naturalmente, não consegui tomar o ônibus até o trabalho. a solução foi caminhar até o metrô. outra oportunidade para checar o andamento do processo de substituição do cartão pré-pago. após relatar todo o ocorrido, inclusive os contatos com o SAC via telefone (quando eles atendem), fui informado de que o cartão estaria pronto naquela tarde na estação botafogo.

bilhete duplo na mão, segui para mais um dia de trabalho. considerando o cansaço e a resultante pouca disposição em travar um dialógo mais robusto, o que provavelmente se faria necessário, resolvi deixar para o dia seguinte a retirada do bendito bilhete.

sábado pela manhã, caminho pelas esburacadas ruas de botafogo até a estação. repito todo o ritual: explico a situação e pergunto pra pessoa na cabine sobre o bilhete, esta me manda perguntar ao segurança, que fala no rádio com o supervisor, que me pergunta o meu nome e que, finalmente, me informa que o meu cartão não chegou e que você deve continuar aguardando.

------

quarta-feira, junho 25, 2008

recordar é viver

como disse no post anterior, há algum tempo tenho utilizado preferencialmente o metrô, ao invés dos ônibus. diante do imbróglio envolvendo o meu cartão pré-pago - o qual ainda não foi resolvido e tampouco houve um retorno da parte do metrô rio -, resolvi voltar a optar pelo ônibus como meio de transporte coletivo principal. para ser sincero, a resolução passou a funcionar na noite de ontem, visto que durante a manhã perdi a hora e tive que ir até a estação do metrô, adquirir um bilhete e viajar calado.

assim, no início da noite passada, caminhando pela rua da quitanda em direção à avenida presidente vargas enxerguei, ainda distante um quarteirão, os três números que indicavam o caminho de casa. corri e peguei-o ainda no ponto. nem bem entro e percebo o vendedor de balas na frente da roleta. este, ao contrário dos prolixos e animados showmen que estamos acostumado, só conseguia dizer quatro palavras:

"três jujubas um real! três jujubas um real! três jujubas um real! três jujubas um real!"

parava uns segundos e começava novamente, a mesma ladainha. o vendedor continuou por alguns instantes, vendeu alguns pacotes e desceu logo adiante.

aproveitei a oportunidade para abrir um livro e comecei a lê-lo calmamente. dois pontos adiante entra uma turma ruidosa, usando uniforme da "casa do biscoito", ou algo do gênero. para piorar, um indivíduo senta no banco de trás e começa a resmungar uma letra qualquer de canção. páro. tento me concentrar novamente. recomeço a leitura e o companheiro começa a assoviar a maldita canção. assim prosseguimos, ininterruptamente, por quase todo o trajeto pelo centro e pela praia do flamengo, onde ele decide conversar com as pessoas sentadas no banco ao lado, fazendo uma tremenda algazarra.

o trânsito está ruim na praia de botafogo e muita gente decide descer ali mesmo. seguindo o fluxo contrário das pessoas no coletivo, sobe outro vendedor de balas. dessa vez, além das balas você ganha uma mensagem bíblica e, naturalmente, além da propaganda você ganha a pregação. "deus abençoe a quem comprou e a quem não comprou também". chega o meu ponto e desço. amém.

hoje de manhã fui de metrô.

-----

terça-feira, junho 24, 2008

ônibus x metrô

desde que me mudei para botafogo tenho dado preferência à utilização do metrô. aparentemente, um meio de transporte mais confiável (principalmente no que diz respeito à pontualidade) e seguro (até agora não soube de relatos de assaltos à mão armada nos vagões). o aspecto negativo a ser destacado é o fato de você viajar em túneis escuros e não ver a cidade do rio de janeiro, o que vale uma viagem de ônibus.

pois bem, já há algum tempo tenho notado uma queda na qualidade do serviço do metrô, a qual não vem acompanhada de uma contrapartida no preço do bilhete, uma vez que o mesmo continua aumentando periodicamente e já custa R$2,60. principais problemas: vagões com o ar-condicionado operando precariamente ou desligado, vagões superlotados e paradas não programadas sem informações convincentes.

desde então, tenho alternado viagens de ônibus e metrô. costumo ir ao trabalho de ônibus: vou sentado, vejo a paisagem e chego a tempo devido ao trânsito tranquilo do início de manhã carioca. na volta, opto pelo metrô: não tem engarrafamento e garanto uma caminhada de 20 minutos até a porta de casa.

sexta-feira passada tive uma surpresa desagradável: há algumas semanas, depois de uma certa relutância da minha parte, adquiri um cartão pré-pago do metrô, que agora se vangloria de ter o sistema de bilhetagem mais moderno do mundo. o cartão, na verdade, deu fim à minha desconfiança de mineiro ao funcionar perfeitamente, especialmente no maracanã, onde havia uma fila só para ele.

o problema aconteceu na sexta passada quando cheguei ao metrô pela manhã e o maldito cartão não funcionou. passei em uma roleta, duas e nada. levei um esporro do segurança:

"desse jeito aí não vai passar mesmo! tem que ser com cuidado!".

o indivíduo pega o cartão da minha mão e passa na roleta. nada. passa na segunda roleta. nada. passa em todas as roletas e nada.

"é, tá com defeito."

vou conversar com o responsável que descobre que havia uma carga de R$22,10 no meu cartão e me apresenta, de maneira bastante simpática (sem ironia) e com uma folha de papel na mão, a solução proposta pelo metrô rio.

"o senhor pega esse papel aqui, preenche com o ocorrido e deposita em uma urna em uma estação qualquer. o serviço de atendimento ao consumidor entrará em contato com o senhor e efetuará a troca do cartão. eu vou liberar a roleta pro senhor agora."

"ok. entendi. mas e a volta?"

"ah, o senhor vai ter que comprar um bilhete."

depois de 40 minutos ali, de pé, resolvi, à contragosto, preencher o papel e depositá-lo numa urna na estação estácio. porra, o bilhete não é pessoal, era só pegar o crédito, transferir para um outro bilhete e inutilizar o que estava comigo. seria um serviço tão difícil assim? a bilhetagem pode até de primeiro mundo, mas o serviço é de terceiro mundo. garantido.

hoje, terça-feira, resolvi voltar à estação para questionar acerca da troca do cartão, visto que até agora não fui contactado por ninguém. um dos seguranças consultou um supervisor e o mesmo repassou o procedimento descrito na sexta-feira para ele.

"o senhor aqui já fez isso. ah, o nome dele?"

tampa o bocal do rádio, me pergunta meu nome, e transmite ao sujeito do outro lado do rádio.

"pode ser que o cartão esteja aqui", explica ele

"ele depositou na estácio. ah, tem que olhar na estácio?"

bem, no fim das contas, para encurtar, me deram um outro papel, depositei em outra urna e estou aguardando o bendito contato. vamos ver até quando dura esta saga. atualizações em breve. advogados já me garantiram que é causa ganha. veremos!

--------------