quarta-feira, julho 09, 2003

Matança

Uma das maiores causas de irritação ao adentrar um coletivo são aquelas pessoas que deixam para contar moedas e notas na frente da roleta, enquanto uma fila enorme de passageiros aguarda ao longo do corredor e na porta. Por que não fazer isso no ponto? "Porque os pivetes passam e tomam". Sendo assim, a melhor alternativa deve ser deixar a grana separada no bolso antes de se dirigir ao ponto.

Outra coisa engraçada é a enormidade de fiscais da SETRANSP espalhados pela cidade. São pessoas pagas para verificar se há evasão de renda, ou seja, são fiscais dos fiscais (bem ao estilo cubano), pois acabam fazendo o trabalho dos trocadores e motoristas: entram nos ônibus, verificam a carteira de identidade dos idosos, os passes livres, e cobram de quem ainda não passou pela roleta. O engraçado é que, enquanto eles estão no carro, as regras são rigorosamente cumpridas. Basta que saltem para que o comércio de vales-transporte recomece, os vendedores de bala e mensageiros da alegria entrem pelas portas traseiras, e tudo mais. Ou seja, não funciona.

Pra finalizar, segunda-feira desci do ônibus em frente à Agência Central dos Correios, na Av. Afonso Pena, hora do rush, mil pessoas passando e falando ao mesmo tempo. Foi quando um grupo de três rapazes passou por mim. Um deles dizia:

- "Já matei porco, cachorro e galinha. Só não matei humano AINDA."

Dei uma olhada de lado e me mandei. O centro anda muito perigoso.