sexta-feira, abril 18, 2003

Fim de tarde, princípio de noite de quinta-feira, véspera de feriado. Peguei o 8102 e fui para a Savassi. Ali vi um assalto na Av. Cristóvão Colombo. No mesmo ponto onde, durante o carnaval, vimos pessoas arrombando carros. Hoje havia movimento e ali, da janela do ônibus, vi o rapaz voar no pescoço da moça que lutou bravamente para manter sua bolsa. Depois de uns três safanões ele saiu correndo com alguma coisa na mão que não pude identificar. Ela prosseguiu seu caminho. Eu o meu, tentando não acreditar que esse feriado vai ser como o de carnaval.

23:00 e estou no ônibus, voltando para casa. Av. Afonso Pena, quase em frente à Igreja de São José. Da janela vejo mais uma tentativa de assalto. Desta vez dois homens contra um senhor de terno que mal consegue andar. Ele tenta se defender com guarda-chuvadas e socos enquanto um tenta meter a mão nos bolsos dele. O cara parece pegar alguma coisa e afasta o velho como se estivesse dando um piparote numa mosca, tamanha a diferença de força. Acaba que surge um homem, forte até. Ele conduz o senhor para o outro lado da rua e afasta os dois malandros.

O que me incomoda mais nem é a falta de segurança, mas sim a falta de perspectiva de melhoras. Não vejo nada sendo feito. Há quantos anos a Afonso Pena é um ponto famoso de assaltos? Há quantos anos temos arrastões no Mineirão? Onde está o policiamento? Não existe análise de estatísticas e planejamento nessa porqueira de cidade? Estou farto disso!

terça-feira, abril 15, 2003

Já tentaram pagar uma conta na C&A do centro? Aquilo é terrível. Os caras emitem um milhão de cartões por mês e as faturas só podem ser pagas nas lojas da rede. O resultado é uma fila monstruosa e um atendimento horrível. Pois bem, isso aconteceu ontem. Depois de sair de lá, sem pagar e jurando nunca mais comprar um pé de meia que seja naquela loja, fui para o ponto de ônibus. Logo ele apareceu, vazio. Mas dezenas de pessoas se embolaram na porta e, uma vez lá dentro, estava iniciado o combate pelos lugares. Acabei ficando de pé, ouvindo trechos de conversas alheias. E foi nessa que acabei ouvindo o nome da minha irmã. Olhei para a pessoa para ver se era alguém conhecido. Não era. Era uma mulher que conversava ao celular. O curioso foi ver a tatuagem que ela tinha no antebraço. Ou melhor, aquilo que parecia outrora ser um nome estava agora coberto por um monte de rabiscos. Só sobrou um coração, ao lado do borrão. Pelo menos não era a cara do Latino, foi o que pensei.