quarta-feira, fevereiro 26, 2003

Eu odeio pegar ônibus com sono. É foda, 1 hora monótona de 5102, e você lá, pescando, batendo a cabeça no quadro de horários, babando na camisa... Já fiz isso várias vezes, mas hoje foi a pior. E além de tudo eu tinha um exemplar de um livro do Sarter nas mãos, e ficava tentando ler pra me manter acordado, mas é claro que não adiantava nada. Uma hora acordei quase caindo. Depois dormi direto por uns 5 minutos, e acordei com a boca seca.
Mas aí eu cheguei em casa e dormir de 8 da manhã às 4 da tarde. Nada mau.
Quem inventou aquele ponto final do 9502 em frente a escola de belas artes da ufmg não pega ônibus. Se o responsável tivesse que esperar pela partida do ônibus, numa tarde ensolarada feito essa, sentado dentro dele, que é como a maioria de nós é obrigada a ficar, ele pensaria melhor a respeito. amigos, é possível sentir o sol assando a sua pele, sem exagero. Mas, bem, depois desse suplício, o ônibus seguiu o caminho. Eu com fones de ouvido e um cd rolando. No alto do viaduto que liga a Av. Antônio Carlos à rodoviária o celular tocou. Atendi. Num dos ouvidos HURTMOLD, no outro a pessoa que falava comigo e, através da janela, pude ver uma roda enorme de curiosos, coisa bem típica de belo horizonte. No centro da roda, alguns policiais aplicavam um corretivo num sujeito deitado no asfalto com as mãos algemadas para trás. Um velhinho, aparentemente alcoolizado, ainda tentou se aproximar para ver o que acontecia, mas errou e acabou entrando no raio de ação de um dos pm's. Foi logo afastado com um safanão e um empurrão. Saiu catando cavaco. Nesse momento, o ônibus fez a curva e os perdi de vista. Caos urbano multimídia.